Teste Cutâneo Alérgico

 

Dra. Júlia Guedes explica que o teste alérgico cutâneo serve para o possível tratamento das alergias respiratórias, utiliza um método para diagnóstico seguro e indolor. Este teste vai determinar quais substâncias podem ter importância no quadro clínico do paciente. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. Quer saber se você tem alergia? Marque seu teste conosco e tire todas suas dúvidas!

A Síndrome do Respirador Oral

Por: Drª. Diana L. Lacerda Martins – Otorrinolaringologista / CRM 7252

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A síndrome do respirador oral é caracterizada pela substituição da respiração nasal exclusiva por uma respiração de suplência oral ou mista. É frequente no consultório do otorrinolaringologista e do pediatra e, segundo alguns estudos brasileiros, afeta até 50% das nossas crianças. Dentre as principais causas de obstrução nasal, estão a rinite alérgica e a aumento de adenoide e amígdalas.

De acordo com a duração, a intensidade e a época de instalação, a respiração oral pode causar sérias alterações na estrutura craniofacial, nas funções estomatognáticas (mastigação, deglutição, fonação), na nutrição, na postura, no sono e no aprendizado, prejudicando assim a qualidade de vida do indivíduo.

Ao abrir a boca para respirar, há desequilíbrio nas funções orofaciais, prejudicando tônus muscular e oclusão dentária, o que acarreta, além de dano estético, distúrbio na mastigação e deglutição, com consequências nutricionais. O bloqueio nasal pode, ao longo do tempo, limitar o desenvolvimento do terço médio da face, com mudanças estéticas evidentes. Para aumentar a entrada de ar pela garganta, o indivíduo acaba projetando cabeça e pescoço para frente, desencadeando compensações posturais de todo o corpo. Também pela limitação ao fluxo aéreo, algumas pessoas podem apresentar roncos e apneias (interrupções temporárias da respiração) durante o sono, ocasionando má oxigenação cerebral, traduzida clinicamente por sonolência diurna, dor de cabeça e déficit de aprendizado.

RESPIRA

 

Diante da pluralidade de consequências, o respirador oral requer olhar clínico abrangente e multidisciplinar, a fim de se detectar precocemente a doença, minimizando seus efeitos deletérios. A conduta frente ao respirador oral deve ser individualizada e passa pelo combate à causa e pela reabilitação das sequelas. Nesse aspecto, conscientizar a sociedade acerca da existência dessa síndrome pode ser o passo inicial no controle precoce de seus danos.

Rinite Alérgica

Por: Dra. Júlia Guedes Bisneta – Otorrinolaringologista / CRM: 7422

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O nariz é parte integrante das vias aéreas superiores e o primeiro contato do corpo com o ar inspirado. Ele executa muitas funções importantes, incluindo a de filtrar e umidificar o ar inspirado e é o responsável pelo sentido do olfato. Encontra-se interligado a várias estruturas das vias aéreas, incluindo os ouvidos, os seios paranasais e os olhos, além das vias aéreas inferiores.

A rinite alérgica é a mais comum das doenças alérgicas e é considerada um problema de saúde pública mundial. Embora não seja uma doença grave, é capaz de alterar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, seu desempenho e produtividade no trabalho e seu aprendizado escolar. Comumente a rinite alérgica está associada a outras condições, como asma, sinusites, otite média, polipose nasal, infecções de vias aéreas inferiores e outras alergias, aumentando sobremaneira o impacto socioeconômico da doença.

Assim como as outras alergias, a Rinite Alérgica apresenta forte caráter genético, com incidência maior entre indivíduos cujos pais são alérgicos. Sem preferência por gênero ou raça, pode iniciar-se em qualquer idade, sendo mais frequente na criança e no adolescente. É uma doença caracterizada por: prurido nasal, espirros em salva, obstrução nasal, coriza hialina e diminuição do olfato. Esses sintomas são resultantes da ação de mediadores químicos, cuja liberação pode estar associada a mecanismos imunológicos ou não. É caracterizada por uma reação de hipersensibilidade tipo I, mediada por IgE.

A Rinite alérgica costuma ser desencadeada ou agravada pela exposição a aeroalérgenos, mudanças bruscas de temperatura, inalação de ar frio e seco. Os principais aeroalérgenos são os ácaros da poeira, baratas, fungos e de outras fontes alergênicas (epitélio, saliva e urina de animais domésticos); os odores fortes e a fumaça de tabaco são os principais poluentes intradomiciliares. A ocorrência dos sintomas pode ser sazonal ou perene, persistente ou intermitente, agravando-se nos períodos de outono/inverno.

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O diagnostico da rinite alérgica é basicamente clínico, e inclui a história clínica pessoal e familiar de alergia, as condições do ambiente em que o paciente vive/trabalha/estuda, o exame otorrinolaringológico e exames complementares (dentre eles o teste alérgico cutâneo de hipersensibilidade e as dosagens de IgE séricas específicas).

O tratamento da Rinite alérgica é baseado no controle do ambiente, farmacoterapia, imunoterapia específica e orientações. A redução/eliminação dos alergenos é conside-rada fundamental, e a maioria dos pacientes necessitam de tratamento farmacológico para controle dos sintomas. Procure o otorrinolaringologista, o diagnóstico precoce é fundamental para que se possa estabelecer um programa de tratamento.