Halitose é um alerta que merece atenção

Quem tem Halitose, mais conhecida como mau hálito, não percebe o odor desagradável nem o motivo das pessoas se distanciarem. Ninguém gosta de permanecer ao lado do portador desse distúrbio. O pior ainda é que ninguém tem coragem de avisar a vítima sobre o mal-estar.

Apesar de desagradável, a Halitose  é um sinal de que alguma coisa não vai bem. Ela surge na boca, onde há muitas bactérias que digerem proteínas dos restos alimentares e do muco do gotejamento nasal, provocando a liberação de gás sulfídrico em função do processo do metabolismo anaeróbico. A área posterior da língua, no fundo da cavidade oral, é a região que gera o mau hálito.

Entre as causas que explicam a Halitose estão infecções, como amidalites e sinusites; pouca produção de saliva; ressecamento da boca provocado por ar condicionado, desidratação, estresse, uso de certos medicamentos; higiene bucal mal feita e formação de placa bacteriana no fundo da boca.

Embora não seja uma doença, a Halitose é um sintoma alertando sobre alguma anomalia que somente um especialista tem capacidade de diagnosticar, tratar e tomar as devidas providências. Se for o caso, ele encaminha o paciente para um médico de outra especialidade.

Dicas para cuidar da voz

Cuidados básicos que auxiliam a preservar a saúde vocal, prevenindo alterações e doenças vocais devem ser seguidos por todos, principalmente pelos que utilizam mais a voz ou com tendência a apresentar alterações vocais. Para ter uma boa voz, é preciso uma boa saúde vocal e ter boa saúde vocal significa ter uma voz clara, e limpa, emitida sem esforço e agradável ao ouvinte.

O que se pode fazer para manter a voz saudável?

Beba bastante água (em temperatura ambiente) enquanto estiver falando, em pequenos goles. Um corpo permanentemente hidratado significa pregas vocais hidratadas e com melhor flexibilidade e vibração. O ideal é ingerir de 7 a 8 copos por dia, porem, a cor da urina (clara) pode auxiliar no controle de uma hidratação adequada.

  • Preocupe-se em manter uma alimentação equilibrada, sem grande numero de horas em jejum, mastigando bem cada alimento a ser ingerido.
  • Coma maçã, pois é adstringente e limpa o trato vocal. Além disso, sua mastigação exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras.
  • Use roupas confortáveis e de tecidos que absorvam a transpiração. Roupas leves e folgadas são idéias para quem trabalha com a voz. Sapatos confortáveis favorecem a postura correta.
  • Sono regular, momentos de lazer e atividades físicas adequadas também contribuem para uma boa produção vocal.
  • Procure respirar sempre corretamente, levando ar até o abdômen e expandindo as costelas. Não eleve os ombros e o peito como se fosse um pombo. E o abdômen que tem de se expandir como se estivesse cheio de ar.
  • Enquanto estiver falando, mantenha a postura de corpo ereta, no eixo, porem relaxada, principalmente a cabeça.
  • Evite competir com ruídos externos durante a fala. Fique atento a eles e procure não aumentar o volume de sua voz na tentativa de superá-los.
  • Tente não gritar. Se for possível, opte sempre pelo microfone ao falar em publico.
  • Fale pausadamente e de maneira correta, articulando bem as palavras, mas sem exagero.
  • Ter audição normal é importante, pois o monitoramento vocal é realizado pela audição.
  • Ao sentir vontade de tossir ou pigarrear, respire profundamente pelo nariz e engula a saliva várias vezes ou beba água, pois essas ações provocam um forte atrito nas pregas vocais, irritando-as.
  • Para diminuir a tensão na região dos ombros e do pescoço, boceje e espreguice diversas vezes ao dia.
  • Após o uso intenso da voz, procure permanecer em repouso vocal por algum tempo.
  • Outro fator importante é o ambiente de trabalho. Procure discutir com seus colegas e chefes meios que possibilitem um ambiente de trabalho agradável, capaz de diminuir a tensão e favorecer o diálogo. Uma voz saudável é resultado de cuidados individuais e de ações ambientas.

 O que interfere na minha voz? Inimigos da voz.

  •  Cigarro e qualquer tipo de droga irritam a mucosa do trato vocal e aumentam a sensação de pigarro, podendo causar alterações nas pregas vocais.
  • Bebidas alcoólicas devem ser evitadas. Alem de irritarem a mucosa do trato vocal, têm efeito anestésico, que mascara a dor de garganta. As bebidas destiladas são mais prejudiciais que as fermentadas.
  • Sprays, pastilhas e dropes também têm efeito anestésico, mascarando sintomas e permitindo o abuso vocal.
  • Alergias são consideradas prejudiciais à voz. Substancia como fumaça e poeira devem ser evitadas por pessoas alérgicas. As alterações psíquicas podem desencadear crises à medida que aumentam a sensibilidade do organismo, causada pela diminuição das defesas.
  • As mudanças bruscas de temperatura são prejudiciais à voz. As bebidas geladas ou muito quentes também produzem choque térmico no organismo.
  • Bebidas à base de cafeína, refrigerantes, frituras e alimentos pesados, gordurosos ou condimentados podem dificultar a digestão, provocando refluxo gastresofágico. Se você possui tendência à azia e má digestão, evite essas substancias. A “queimação” pode chegar às pregas vocais e irrita-las.
  • Pessoas com predisposição a alterações vocais devem evitar chocolate, leite e derivados antes do uso intenso da voz. Esses alimentos aumentam a secreção do muco no trato vocal, o que induz à produção de pigarro.
  • Ambientes com ar condicionado também devem ser evitados. Nesse caso, o resfriamento é feito com redução da umidade do ar, o que resseca a mucosa do trato vocal, prejudicando a voz.
  • Alguns medicamentos interferem na produção vocal. Evite a automedicação. Cuidado com receitas caseiras (gengibre, romã, vinagre e alho). Não há estudos que comprovem a eficácia desses produtos.
  • Ambiente de trabalho ruidoso, tenso e estressante é prejudicial à voz. Ele propicia tensão corporal e laríngea, e a emissão vocal, nessas condições, e feita com esforço, levando a um desgaste vocal.
  • Gritar constitui-se numas das atitudes mais agressoras para a laringe, pois nesse momento ocorre uma verdade “trombada” entre as pregas vocais. Por esse motivo, o grito deve ser evitado, ficando exclusivo para momento de perigo ou sobrevivência.
  • Cantar de maneira inadequada ou abusiva em videokês ou fazer parte de corais sem preparo vocal.
  • Falar durante os exercícios físicos: qualquer exercício de esforço muscular junto com a fala irá provocar sobrecarga na musculatura da laringe.

Estando livre das tensões e mantendo a respiração adequada à fala, o profissional deve verificar de que forma está articulando as palavras. Todos os órgãos móveis da boca, tais como, língua, bochechas, lábios, palato mole e mandíbula, devem ser bem articulados, produzindo os pontos articulatórios dos fonemas e a forma bucal das vogais de maneira correta. É fundamental que haja harmonia entre a respiração e a articulação, para que a colocação da voz seja feita com naturalidade. Qualquer pessoa pode brincar com sua voz sem cometer esforço, desde que tenha um preparo.

Sempre é bom trocar o travesseiro

Cerca de 20% da população do planeta sofre de rinite alérgica, um dos tipos mais comuns de alergia, segundo um estudo norte-americano. O problema ocorre em função de um processo inflamatório da mucosa nasal decorrente de uma reação exagerada a um ou mais alérgenos – substância capaz de desencadear uma hipersensibilidade e interpretada pelo sistema imunológico como agressora.

Dentre os principais sintomas de rinite estão as crises de espirros, obstrução nasal, coriza, dor de cabeça, lacrimejamento ou coceira no nariz, nos olhos, na garganta e no céu da boca. O que fazer, então, para prevenir-se contra essas indesejáveis manifestações do organismo?

Atenção especial

A consultora do sono Renata Federighi alerta para um cuidado simples, mas que poucos indivíduos atentam, que é a troca regular dos travesseiros. Embora seja indispensável manter a casa sempre limpa e arejada para evitar o acúmulo de poeira, ácaros, fungos e pelos, o travesseiro também merece atenção especial.

“O que poucas pessoas sabem é que, com o tempo, o produto acumula em seu interior micro-organismos que se alimentam das secreções que eliminamos durante o sono pela boca (saliva), ouvidos (cerume), olhos (lágrimas), nariz (coriza), cabelos (seborreia) e pele (suor e pele morta). Somando tudo isso às secreções artificiais, tais quais cosméticos, perfumes, tinturas e maquiagem, é possível avaliar a contaminação maciça diária a que são submetidos”, previne.

Para se ter uma ideia, um travesseiro sem proteção antimicrobiana, com seis meses de uso, já contém cerca de 300 mil ácaros e, após dois anos, até 25% do seu peso pode ser formado por ácaros vivos, mortos e suas fezes. “Por isso, é essencial realizar a troca do produto a cada dois anos, prazo recomendado por especialistas”, orienta Renata.

Os desavisados

O professor de canto Mateus Silva Xavier, 22, que sofre de rinite alérgica desde criança e sempre tem complicações na respiração, nunca procurou um especialista para entender melhor a causa. Ele procura evitar cortinas, pelos de animais, pelúcias, almofadas e tudo que possa piorar o seu estado de alergia. “Nunca procurei um médico entendido do assunto, mas vou à farmácia é uso sempre o mesmo antialérgico”, disse.

Questionado se sabia que o travesseiro é um grande potencializador da rinite alérgica, Mateus respondeu que essa informação era um fato novo para ele e que usa o mesmo travesseiro há pelo menos quatro anos

A secretária escolar Lucielly Angra, 24, também sofre de rinite alérgica envolvendo todas as vias respiratórias. Ela sempre procura o médico quando está em estado crítico e são receitados os mesmos medicamentos que aliviam momentaneamente os sintomas.

Lucielly é mais uma que não sabia das causas negativas que o travesseiro pode causar em sua rinite e demora anos para trocar os objetos, “troquei todos da minha casa que utilizávamos há uns dois anos”, diz.

Causa passada pela genética da secretária escolar fez com que os filhos também desenvolvessem a alergia. “Eu tenho um menino e uma menina e eles também têm rinite alérgica, a minha filha, em potencial, por dormir com uma fralda de pano”, contou.

Dicas

É importante ressaltar também que, ao contrário do que se imagina, não é indicado expor os travesseiros ao sol, já que, no interior do produto, os ácaros encontram um ambiente favorável para a sua proliferação. Além disso, a radiação ultravioleta oxida a superfície do material do travesseiro, deixando-a amarelada. “O ideal é arejar e ventilar o travesseiro, protegido por uma fronha, sempre sob luz indireta. Esta medida irá aumentar a saúde e a durabilidade do produto. A lavagem deve ser feita apenas se o produto for lavável e se for possível garantir a sua secagem completa, seguindo-se as instruções de limpeza. Se for lavar em lavanderias, que é o ideal, exija que essas instruções sejam totalmente observadas”, recomenda a consultora.

Lembre-se, manter os cuidados com a higiene dos travesseiros é um dos fatores fundamentais para prevenir-se contra as alergias e, sobretudo, para proporcionar noites de sono mais tranquilas e saudáveis.

Fonte: dm.com.br

Menopausa aumenta chance de ronco e cansaço diurno

Há quem diga que o ronco é uma exclusividade masculina, mas, de acordo com artigo escrito por Barbara Metcalfe, as mulheres também podem causar problemas para o companheiro durante uma noite de sono. E o quadro tem a ver com a menopausa: ela afirma que as mulheres se tornam mais propensas a desenvolver a condição neste período, por conta dos baixos níveis de estrogênio e progesterona, que ajudam a proteger os músculos ao redor das vias aéreas durante a idade fértil.

Ela própria enfrenta o problema e conta a trajetória da descoberta até o tratamento. Em uma viagem de trem, Barbara acordou com um forte barulho de ronco e gargalhadas da própria família, já que estavam atravessando uma área silenciosa, o que fez com que todos os passageiros ouvissem. Ao perceber que a autora do ronco era ela mesma, se sentiu constrangida. Barbara também vinha ignorando os alertas do marido e da filha, que diziam que ela costumava roncar quando dava pequenos cochilos. “Sempre achei que roncar era o resultado dos excessos, particularmente de cerveja, cigarro e alimentos gordurosos. Como eu não bebo álcool, fumo ou como comida gordura, por que eu estaria roncando?”, questionou-se.

Nos últimos cinco anos, ela também notou que cai no sono em plena luz do dia “diante do computador, no cinema ou em frente a TV. “Até mesmo no telefone, e durante conversas com a minha família, com uma xícara de chá nas mãos”, observa. A princípio, chegou a imaginar que era só cansaço, fruto de um estilo de vida agitado.

O ronco e a inexplicável sonolência diurna podem não representar nada, mas os dois combinados ao peso do corpo e à idade (acima dos 50) de Barbara indicaram que ela era suscetível à Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), que interrompe a respiração enquanto a pessoa está adormecida. Durante o sono, as vias aéreas relaxam naturalmente, mas, com a apneia do sono, os músculos e tecidos macios ao redor delas também relaxam e causam uma obstrução. O ronco, por sua vez, é causado pelo ar que é forçado através de um espaço mais restrito.

Mas, se estas vias se tornam completamente bloqueadas, você pode parar de respirar por 10 segundos ou mais até sufocar. E é aí que o cérebro começa o processo da respiração de novo. “Embora você não tenha acordado completamente, seu cérebro acorda cada vez que há o bloqueio, e isso é que causa o terrível cansaço durante o dia”, explica Adrian Willians, professor de medicina do sono na King’s College London.

A Apneia Obstrutiva do Sono não tratada, a longo prazo, está ligada a problemas como pressão alta, diabetes do tipo 2, ataques cardíacos e derrames e também pode gerar ganho de peso. Isso porque os hormônios que controlam o apetite são alterados pela falta de sono, segundo Willians. “O hormônio que traz saciedade é reduzido, enquanto outros sinais de apetite aumenta, o que pode trazer o ganho de peso e piorar o SAOS”, explica o profissional.

Outro dado alarmante, da British Snoring and Sleep Apnoea Foundation, é que 80% das pessoas que sofrem do mal não foram diagnosticadas. De acordo com o órgão, uma das causas deste quadro é a relutância das mulheres em admitir que roncam. Barbara conta que ela própria descobriu a apneia acidentalmente, ao dar entrada no hospital para uma cirurgia de emergência. Durante a operação, o anestesista detectou um problema em suas vias aéreas. Ao fazer exames para confirmar o quadro, ela descobriu que parava de respirar 14 vezes por hora, por vários segundos a cada vez.

O ronco, segundo Willians, é só o “começo da jornada”. Ele acontece quando os tecidos moles, como as fossas nasais, amígdalas ou língua vibram. E isto pode progredir para um quadro de SAOS porque o ronco prejudica os músculos da garganta, tornando-os mais fracos e fazendo com que o músculo esteja mais propenso ao colapso ou ao bloqueio de ar. Existem muitas causas para a SAOS, mas o excesso de peso é um deles. A condição é mais comum em homens de meia idade – cerca de 7% dos homens têm – , principalmente por terem pescoços mais grossos e mais tecido ao redor das vias áreas.

Além disso, 3% das mulheres também são afetadas. Felizmente, existe um tratamento efetivo em forma de uma máscara, acoplada em uma máquina, que impulsiona  o fluxo do ar durante do sono. De acordo com Willians, o aparelho pode ajudar, mas 25% dos pacientes não dão continuidade ao uso pelo fato de ser pouco confortável. Barbara afirma que usa pelo menos três vezes por semana, o que já melhorou a qualidade do sono e reduziu o cansaço ao longo do dia. Ela lembra, ainda, que a perda de peso pode ajudar a amenizar este quadro.

Fonte: Jornal do Brasil